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Os cuidados oferecidos aos bebês afetam seu desenvolvimento, inclusive, os cuidados corporais que são, também, psíquicos. Para que estes sejam de qualidade, a capacidade de mentalização dos educadores é um elemento importante. Objetivou-se descrever e avaliar esses cuidados nos momentos de alimentação e higiene nas escolas de Educação Infantil, bem como avaliar a capacidade de mentalização de educadores. Quatro educadoras que atuam em berçários de escolas, localizadas em Porto Alegre e na Região Metropolitana, participaram deste estudo qualitativo, de cunho exploratório e descritivo. Utilizou-se o método Estudos de Casos Múltiplos. Empregaram-se os instrumentos: Ficha de Dados Sociodemográficos e Profissionais, entrevista, filmagem das observações e diário de campo. Avaliou-se a entrevista qualitativamente e através do Checklist for the clinical assessment of mentalizing. Conduziu-se uma análise qualitativa descritiva das filmagens. Apresentou-se cada caso individualmente e, depois, a síntese de casos cruzados. Satisfizeram-se melhor as necessidades afetivas dos bebês do que as de atividade, todavia apenas duas educadoras satisfizeram as necessidades afetivas deles suficientemente. Identificou-se que as duas participantes, que se destacaram nos cuidados, também obtiveram os melhores resultados quanto à capacidade de mentalização explícita e implícita. Assinala-se a implicação social dos temas abordados por sua relevância para o desenvolvimento infantil.

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